Casa das Caldeiras

Casa das Caldeiras um patrimônio cultural que oferece eventos diferenciados.

arte,
território,
patrimônio.
e agora pessoas.

Vulcão

em treinamento

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Dec 12, Tuesday

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Kakaeka

Vulcão

O Vulcão [criação e pesquisa cênica], residente da Casa das Caldeiras no programa Obras em Construção pelo segundo ano consecutivo, iniciou neste ano de 2016 um importante trabalho de treinamento físico, vocal e criativo com atores convidados, através de procedimentos já elaborados pela atriz e diretora Vanessa Bruno para o deslocamento da literatura para a cena juntamente com exercícios da Técnica Klaus Vianna conduzidos por Livia Vilela. Esse processo foi de extrema relevância por se tratar de uma troca mútua de experiências dos integrantes do Vulcão com outros atores, transformando-se num exercício constante de abertura de repertório criativo.

Vulcão

O Vulcão deixa registrado aqui a importância de um espaço como o da Casa das Caldeiras para a realização desse trabalho continuado.

Fotos-presente de  Cezar Siqueira

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Vulcão

Depoimentos dos participantes

“Existem muitas maneiras de viver/aprender o ofício do teatro. Um caminho árduo e muitas vezes solitário.Nesse caminho encontramos muitos mestres. Uns nos levam pela travessia por uma trilha mais dolorosa, cheia de espinhos, com métodos que nos machucam. Mas aprendemos, pegamos o melhor para a nossa arte e seguimos em frente.Outros, nos guiam aos mesmos lugares através do respeito, do cuidado, da pesquisa, do incentivo, da descoberta em grupo e individual. Tudo com extremo profissionalismo e competência.O Vulcão é assim... uma turma que impulsiona. Que nos faz lembrar porque escolhemos o teatro. E porque é tão importante para o ator esse trabalho de pesquisa e treinamento. O fim do ano chega, com a vontade de mais lava ano que vem”.  Antoniela Canto

É um privilégio fazer parte do treinamento do Vulcão. Um espaço de troca constante, de escuta. Durante esses últimos meses formamos um grupo de artistas que, sem pressão alguma, se propôs a criar, trocar e colaborar em um lugar que nos acolheu como se fosse nossa casa. Sou muito grato por todos os envolvidos, pelo espaço, pelo tempo. Espero de coração que possamos continuar esse lindo trabalho”.  Oliver Tibeau

“Uma das tarefas mais importantes para um ator é cultivar um lugar de treinamento que seja acolhedor, rigoroso, interessante e compartilhado por gente apaixonada pelo que faz. Esse lugar existe com o Vulcão e sua residência na Casa das Caldeiras. Tenho uma carreira de muitos anos no teatro e sei que, mesmo estando em cartaz, trabalhando, preciso treinar, pesquisar, compartilhar experiências e encontro tudo isso aqui nesse endereço inspirador. Foi um privilégio fazer parte deste núcleo ao longo desse semestre. Que venha outro semestre, outra jornada. A magia desse espaço combina muito o espírito e a seriedade do trabalho do Vulcão”. Clara Carvalho

“Clarisse Lispector na entrevista que deu ao programa "Panorama" (1977) falou de como se sentia "oca" nos hiatos entre os seus trabalhos e da necessidade de buscar outras criações para se "salvar" e não ficar "vegetando". Para nós atores é assim também, dificilmente temos um espaço de pesquisa continuada, estamos vivos quando realizamos nossa arte e até que seja possível concretizar outro projeto é como se toda a potência tivesse de ser congelada. Este semestre de treinamento com o Vulcão na Casa das Caldeiras foi o lugar de manter a chama viva, de experimentação e reflexão, de troca com outros artistas sem nenhuma pretensão de resultado, mas com foco na vivência de um processo que nos enriquece artisticamente a cada passo. Seria maravilhoso continuar caminhando com o Vulcão no próximo ano, a lava brota e não queremos esfriar, precisamos mergulhar nela”. Bianca Fernandes

“Em busca do espaço vazio. Uma casa e um grupo que me permitiram adentrar esse espaço em mim. Em cada precioso encontro, buscando no meu corpo, na minha mente, na minha alma espaços sensíveis, porosos, vulneráveis para o fazer artístico. Treinando o meu corpo junto com outros corpos a retornar para sua natureza, instintiva, receptiva, propositiva, universal. Achar em mim o primeiro homem, todas as histórias do mundo, para assim descobrir a história que quero, preciso, devo contar. O Vulcão despertou em mim a potência da criação, do fazer teatral de maneira entregue e verdadeira. Só tenho o que agradecer à todos os envolvidos nesse projeto essencial para a nossa vida artística, para a nossa cidade, e país, e para todos os seres que aqui vivem. Se me salvo, salvo os que estão em minha volta e assim caminhamos juntos. Que possamos caminhar com um canto para onde se possa sempre voltar, o lugar que nos protege para podermos voar e explorar espaços imagináveis, a Casa das Caldeiras é o canto perfeito onde essas duas energias já estão em harmonia”.  Caroline Rangel

“Quando temos tanto a falar e não sabemos como começar um depoimento é justamente quando a experiência é engrandecedora e importante. Um ator, um bailarino, um cantor, um performer, enfim, um artista nunca deve parar de estudar, beber de novas fontes, trocar, jogar. A busca pela “excelência” é interminável para aquele “artesão da arte” que deve sempre se preocupar em oferecer o melhor do seu trabalho. O convite ao treinamento responde a tudo isso. Todos, às sextas de manhã, na Casa das Caldeiras, com suas diferenças e riquezas, estivemos disponíveis para ouvir, estudar, testar e arriscar. Sair modificado de todo encontro é uma missão e sua continuidade é importantíssima para fortalecer o trabalho de treinamento do grupo e manter vivo, com um pouquinho mais de arte, aquele espaço que tão carinhosamente nos acolheu por esses meses. BRAVO ao Vulcão que nos recebeu de braços abertos e mãos cheias de arte”. Ricardo Aires

“Dentre tantos momentos de pesquisa que tivemos durante o treinamento na Casa das Caldeiras com o Vulcão, o que mais me instiga é como tudo foi degustado com muita calma e saboreado da melhor forma possível, o que se torna raro nos agitados dias de hoje. Tem sido um momento de aprendizado, um momento para conhecer a si mesmo por si só e a si mesmo com o outro, e, sem o tempo de relógio batendo na porta, descobrir de fato até onde você pode ir, seus limites e possibilidades, e se maravilhar quando percebe que são imensas. Um treinamento essencial para qualquer artista, e estar neste lugar, onde os traços de sua arquitetura, os contornos de suas janelas, os objetos espalhados e toda "energia" que embala sua história como um dos grandes patrimônios da cidade é incrivelmente magnífico e inspirador para o nosso trabalho. Vivemos com harmonia! Agradeço por esses grandes encontros!” Bruno Henrique

“Poder se dedicar de forma regular a um treinamento de ator é oportunidade rara. Conseguir reunir atores e criadores, de distintos lugares e "escolas", em um mesmo espaço que os abrace e possibilite um estudo aprofundado de seu ofício, também.  Numa realidade em que grupos e coletivos de teatro acabam se dissolvendo por falta de espaços que possibilitem seus processos artísticos, a oportunidade oferecida pela Casa das Caldeiras ao VULCÃO [criação e pesquisa cênica] e seus artistas convidados nesse semestre foi reconfortante. A troca e o encontro, movimentos essenciais para o sucesso do estudo artístico, foram garantidos e fomentados pelas sensíveis mãos dos artistas "vulcânicos", que nos guiaram, e por esse espaço, que nos recebeu. A experiência até aqui foi enriquecedora, amplificadora de horizontes e única. Durante essas 3 horas semanais pudemos suspender a realidade insana e voraz que nos cerca para voltar a atenção e garantir significado, novamente, ao já banal da nossa vida - o gesto; a ação; a palavra; o estar presente. Fica aqui, portanto, o desejo feroz pela continuidade desse trabalho, pois como disse o filósofo Hegel 'a arte cultiva o humano no homem, desperta sentimentos adormecidos, põe-nos em presenças dos verdadeiros interesses do espírito'.É isso que ambicionamos continuar cultivando.” Cadu Cardoso

Já tinha tido o prazer de trabalhar com o Vulcão no espetáculo "Brincar de Pensar" e tenho acompanhado a pesquisa desse coletivo nas outras montagens desenvolvidas. Ter a oportunidade desse espaço de troca com artistas tão diferentes entre si, e ter esse espaço de pesquisa e de experiência em comum tem sido muito rico. Cada vídeo, cada conversa, cada  movimento, cada encontro tem provocado um movimento em nossos imaginários e nossos corações. Uma porta se abriu. E começamos uma jornada de pesquisa rumo ao desconhecido. Muita vontade de dar continuidade a essa pesquisa prática de literatura na cena com nossos corpos, imaginários e corações presentes e pulsantes. Seria um privilégio poder continuar a ter esse tempo e espaço de troca no ano de 2017.  Luiz Felipe Bianchinni

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