Casa das Caldeiras

Casa das Caldeiras um patrimônio cultural que oferece eventos diferenciados.

arte,
território,
patrimônio.
e agora pessoas.

sobre a ACCC

objetivos, programas e projetos [desde 2005]

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May 05, Monday

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Kakaeka

sobre a ACCC

Sobre a ACCC - Associação Cultural Casa das Caldeiras

A Associação Cultural Casa das Caldeiras foi imaginada em 2002 (com o início da ocupação artística da Casa das Caldeiras) e constituída oficialmente em 2005, visando promover a defesa de bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao patrimônio cultural; estimular as parcerias e os processos colaborativos e sociocriativos, o diálogo local e a solidariedade entre os diferentes segmentos sociais, participando junto a outras entidades de atividades que visem interesses comuns; realizar eventos socioculturais das mais diversas naturezas no espaço Casa das Caldeiras, valorizando o patrimônio e a memória material e imaterial, incentivando a produção e difusão das artes relacionadas com o desenvolvimento educacional e cultural do povo brasileiro, em especial, da população infanto-juvenil urbana. A Associação Cultural Casa das Caldeiras entende a arte como ferramenta indispensável para as transformações sociais e como disparadora de reflexões profundas sobre a sociedade. Da mesma forma, entende a cultura como prática que permeia todas as trocas sociais construindo no dia a dia a identidade e a autoestima do indivíduo.

A Associação Cultural Casa das Caldeiras através dos projetos que propõe, de seus programas para a ocupação do espaço, da seleção de seus parceiros e pela curadoria de artistas, coletivos e expressões de diversidade, legitima o seu papel na construção de um espaço de convívio, de encontros, de reflexão; aberto a novas experiências e ao convívio e coexistência, proporcionando transformações na percepção, propondo novos olhares e novas formas de conversação entre os indivíduos. Todas as ações são planejadas para que haja integração e alinhamento, podendo juntas contribuir para que os fluxos inspirem formas melhores de convívio.

Histórico da organização

A ACCC desenvolve seus projetos, por meio de parcerias com diferentes entidades civis, com objetivo de valorização da cidadania e da Inclusão Cultural. Sabe-se que através da cultura (e do seu exercício) se constrói a identidade e por consequência a auto estima tanto individual quanto coletiva. Por isso a ACCC escolheu investir continuamente nos processos de pesquisa e de criação, para as artes, pensando no desenvolvimento das diferentes culturas e expressões que habitam o nosso território. Através do programa de Residência Artística Obras em Construção acolhe artistas e coletivos para o desenvolvimento de seus projetos, em processo imersivo de pesquisa e criação, capazes de sensibilizar o público com suas inquietações sobre questões contemporâneas da nossa sociedade e gerar um espaço de reflexão e proposição.

A promoção dos objetivos da ACCC se consolida com os projetos sócio culturais e educativos. Primeiramente mapeamos entidades sociais e projetos potentes que se comunicam entre si; para trabalharem eixos de colaboração: elaborando, desenvolvendo, planejando e produzindo projetos específicos e comuns nas áreas da cidadania, das artes, da educação, meio ambiente, diversidade cultural e resgate da memória e das histórias.

Desde 2008, a ACCC promove encontros aos domingos no espaço Casa das Caldeiras com o programa TODODOMINGO, integrando o lazer, arte e cultura e articulando propostas de ocupação com a atuação de cada entidade parceira, para desta forma possibilitar encontros, novas experiências, trocas de conhecimento entre elas, os artistas e o público. Durante o TODODOMINGO foram promovidos muitas oficinas e ateliês criativos gratuitos com a participação das entidades e do público, conduzidos pelo conceito “Patrimônio Educador”, estas aproximações num ambiente lúdico, de trocas e de lazer abrem novas possibilidades de interação e ações futuras entre as entidades, os artistas e o público.

“O Patrimônio Cultural - ou seja, o que um conjunto social considera como cultura própria, que sustenta sua identidade e o diferencia de outros grupos - não abarca somente os monumentos históricos, o desenho urbanístico e outros bens físicos; a experiência vivida também se condensa em linguagens, conhecimentos, tradições imateriais, modos de usar os bens e os espaços físicos” - Nestor Garcia Mancini [1994: 99].

Segundo Mário Chagas [2002: 36], Patrimônio é “um conjunto determinado de bens tangíveis, intangíveis e naturais envolvendo saberes e práticas sociais, a que se atribui determinados valores e desejos de partilha (perspectiva sincrônica) entre contemporâneos e de transmissão (perspectiva diacrônica) de uma geração para outra geração”.

Para Pierre Nora, Patrimônio é “lugar de memória”, e, portanto, se faz presente sua dimensão interrelacional, e valores e significados lhe são atribuídos. O que faz da Casa das Caldeiras enquanto lugar de memória, um espaço onde as pessoas podem vivenciar uma série experiências que podem ser educadoras. - http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/patrimonio_e_acoes_educativas.pdf

Desde 2012, sob o eixo de Residência Formativa do programa RESPEITO, a Associação Cultural Casa das Caldeiras vem desenvolvendo pesquisas sobre habilidades e capacidades, sobre as formas de aprendizados além do espaço escolar, para refletir a respeito de quais seriam as práticas que poderiam potencializar o desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens, como também das transformações positivas para despertar o protagonismo de adultos.  Como ponto de partida, realizamos pesquisa sobre como os adolescentes de hoje pensam e desenvolvem seus processos de aprendizagem. A partir desta pesquisa, desenvolveu-se metodologia e abordagem pedagógica que chamamos de Pílulas de Aprendizado (...da necessidade de repensar novas formas de aprendizagem que falem a linguagem atual dos adolescentes, as pílulas são ações independentes, inseridas no ambiente, agindo para a transformação, reflexão e ação). Em 2015, iniciamos a pesquisa sobre as habilidades sócio relacionais / não-cognitivas, como elas se dão e se desenvolvem no dia a dia no convívio familiar e quais seriam as práticas e as experiências capazes de impulsionar e revelar tais capacidades. Da pesquisa com famílias das mais variadas e da imersão no tema das habilidades, desenvolvemos um e-book que se comunica diretamente com as famílias. Entendendo que cada um, do ponto que se encontrava na sua trajetória, poderia ser capaz de se identificar, se reconhecer enquanto membro de uma família, reconhecendo suas potências, seus tesouros e se sentindo capaz para agir para uma melhoria no convívio familiar, fortalecendo ainda mais os vínculos e trabalhando para que novos hábitos e intenção contribuíssem para o desenvolvimento de seus filhos. O e-book MANUAL DA FAMÍLIA foi lançado em junho de 2016 e a partir deste material, experiência e aprendizado elaboramos vivências de sensibilização e acolhimento com foco nas famílias vulneráveis e de baixa renda. Estamos neste momento do projeto criando uma metodologia a ser compartilhada com técnicos e profissionais que atendem famílias. O conteúdo do e-book tem repercutido muito interesse por parte de assistentes sociais, psicólogos, educadores e outros profissionais que trabalham diretamente com famílias. O projeto decorrente de toda esta pesquisa recebeu originalmente o nome de “Manual - A difícil arte de educar para vida no século XXI”.

A ACCC está localizada no bairro da Água Branca, subprefeitura da Lapa, e ocupa edifício histórico e fabril da década de 1920, tombado pelo CONDEPHAAT. Nas primeiras décadas do século 20, o bairro foi palco de ocupação industrial transformadora, com as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo IRFM. A partir da década de 70 dá-se início a um processo de desocupação, uma vez que as indústrias aos poucos mudaram suas instalações para a região metropolitana de São Paulo. Atualmente o bairro da Água Branca é ocupado por residências, serviços e comércio, além de grandes áreas de lazer e de cultura como o Parque da Água Branca, o SESC Pompéia, Estação Ciências e o Memorial da América Latina.

Objetivo Geral da ACCC:

  • Promover projetos “de muitos e para muitos”. Projetos, antes de mais nada, independentes, colaborativos e participativos, construídos para valorizar as expressões artísticas e a diversidade cultural, a comunidade enquanto organismo vivo em transformação constante, gerando reflexão sobre nossa história (aquela que se constrói a cada dia) e a memória da cidade (aquela que gera uma identidade e um reconhecimento de nós mesmos);

Objetivos Específicos:

  • Construir projetos que dialoguem entre si, gerando passarelas de comunicação que possibilitem uma experiência múltipla e enriquecedora a todos os participantes, no interesse de construir uma cidade e sociedade mais acolhedora que valorize suas histórias e seus protagonistas;
  • Propor uma ocupação dinâmica, plural e cidadã̃ do Patrimônio Histórico Industrial da década de 1920 restaurado e ressignificado, lugar de memória que resiste e que atua de forma independente através da cultura, das artes e do lazer para transformação;
  • Estimular a produção artística e seus processos, o lazer com conteúdo, promover os diferentes encontros para o exercício da cidadania, divulgar e difundir a diversidade, proporcionar a troca entre público e artistas;
  • Desenvolver projetos educacionais e de formação integral voltados para a população infanto-juvenil e a família, valorizando a cultura, partindo da construção das identidades para a valorização da autoestima através da reconexão com as histórias pessoais e da memória coletiva; 
  • Desenvolver e exercitar a convivência harmoniosa, respeitando diferenças (inclusão) e semelhanças (empatia), através de competências sócio relacionais (habilidades não-cognitivas) que possibilitam criar experiências que impactem no aprendizado, no protagonismo e promovam transformação.

Segundo Mantoan (2005), “inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós”.

E, segundo Paulo Ricardo Ross, “pertencer é mais do que romper as barreiras dos rótulos e dos estigmas produzidos na representação e no imaginário social; pertencer é mais do que ter contemplados direitos á cidadania no âmbito jurídico-formal. Pertencer é, pois, estar engajado, qual sujeito ativo da história; é exercer a condição de ator sem ser alvo da visão dualista que atribui á “ diferença” a condição de anjo ou demônio, para garantir á média a condição de normais. Pertencer é estar no palco sem ser herói ou vilão...”

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