Rituais da Memória
Exposição Online na Casa das Caldeiras
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Date
Oct 10, Friday
Posted by
Kakaeka

Ação parte da programação virtual da Oficina Cultural Alfredo Volpi, que integra o Programa Oficinas Culturais, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, e é gerenciado pela Poiesis.
Exposição Virtual na Casa das Caldeiras das obras e instalações criadas pela artista Anike Laurita que selecionou trabalhos inéditos e pré-existentes para ocupar o túnel do Patrimônio Cultural e suas duas chaminés, através de instalações formadas a partir de trabalhos das mais diversas linguagens artísticas visuais que evocam principalmente as relações entre memória, rituais e a potência feminina.
A artista ainda convida Mariana Farcetta e Priscila Menegasso, artistas em diálogo de produção, para compartilhar um espaço onde a criação das mulheres artistas convoca para uma reflexão sobre os temas explorados. Uma experiência para devanear sobre nossos tempos e a relação que criamos entre espaços memoriais, rituais e nossas possibilidades de ressignificação da ideia de estar no mundo como mulheres, como sujeitos da história e como produtores de novas subjetividades e formas de estar no mundo.
Artista: Anike Laurita
Curadoria: Karina Saccomano
De 3/11 a 14/12 | Disponível para visitação virtual em qualquer horário.
Classificação Livre.
Acesse a Exposição Virtual.
Acompanhe também as seguintes ações vinculadas à exposição:
Dia 27/10, às 19h | LIVE: A MEMÓRIA SOBRE A CASA DAS CALDEIRAS
Uma conversa sobre o que faz da Casa das Caldeiras um espaço de interesse para os processos e as ocupações artísticas, quais os símbolos e os atrativos para tantos artistas pensarem a Casa ora como cenário, ora como disparador dos processos criativos. Com Karina Saccomano e Lu Brites.
Dia 10/11, às 19h | LIVE: O FEMININO, O MÍSTICO E O SAGRADO
Bate papo sobre o processo de criação da exposição e seus temas correlatos – o encontro entre o feminino, o místico e o sagrado na produção visual contemporânea. Com Anike Laurita, Mariana Farcetta e Priscila Menegasso.
Dia 24/11, às 19h | LIVE: PROCESSOS DE CRIAÇÃO
Bate papo sobre o processo de criação do vídeo projetado no espaço da chaminé. O trabalho foi produzido especialmente para a exposição. Com Anike Laurita e Juliana Cappi.
As lives acontecem às terças-feiras, das 19h às 20h. Para assistir acesse: Instagram @casadascaldeirasoficial
Exibição aberta, sem a necessidade de inscrição. Classificação livre.
Apresentação do Projeto
Unanimamente, produção, artista e curadoria, escolheram o túnel da Casa das Caldeiras por onde, em sua plena atividade industrial em tempos remotos, passava a fumaça que seria dispersada por exaustão pelas chaminés. Fumaça resultado e fumaça resíduo da produção de energia e da queima do carvão e lenha, fumaça que se evapora na memória das pessoas que habitam São Paulo nos dias atuais.
O elemento fogo era o elemento que regia esta construção e alquimicamente se relacionava com água, terra e ar, produzindo uma outra qualidade, uma névoa densa, carregada de matéria e história.
Neste espaço repleto de alquimia, convidamos a artista Anike Laurita que em seu processo criativo produz sentidos a partir da sobreposição de memórias e afetos, através de objetos e imagens, seja por meio de colagens, desenhos, pinturas, vídeos ou ainda por instalações e composições, criando novas narrativas imaginárias, fabulações que contam e que nos convidam a outro sentir.
E por este passar , nesse túnel de histórias e sentidos, formamos através de nossa própria experiência e das suas possibilidades visuais e matéricas, quase como magia (evocando uma relação entre tempo-espaço do túnel da Casa das Caldeiras) uma transmutação. Ao percorremos o espaço virtualmente, percebemos o elemento éter/etéreo da fumaça otrora residual e essa intervenção sensível , que se materializa no campo virtual para produzir uma experimentação de celebração da vida.
A artista Anike Laurita evoca o feminino, os feminismos e a magia, em seu sentido cotidiano e sagrado através da arte, recuperando elementos, símbolos ritualísticos e imagens que nos reconectam com as nossas histórias a partir da memória, da fantasia, do etéreo e do absurdo, essenciais nos dias atuais para voltarmos a nos sintonizar com a vida e seus elementos naturais.
Casa das Caldeiras - Lugar de Memória
“Casa das Caldeiras” é essencialmente o nome dado a essa construção fabril, construída em meados da década de 1920 para gerar energia para alimentar o antigo parque industrial que ali se desenvolvia à época, as Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Caldeiras foram trazidas da Europa para gerar energia através do aquecimento da água em vapor, fazendo uso de chaminés e fornalhas para completar a operação. O edifício remete os passantes à memória viva do período em que a cidade se transformava e se modernizava, no início do século XX.
O que muitas pessoas não imaginam é que, após o tombamento do imóvel em 1986 pelo CONDEPHAAT como patrimônio histórico industrial da cidade de São Paulo, este espaço, restaurado entre 1998-1999 e revitalizado, se transformou em lugar de memória para voltar a se relacionar com a cidade, das mais diferentes formas.
Para Pierre Nora, "Patrimônio é lugar de memória, e, portanto, se faz presente sua dimensão interrelacional, e valores e significados lhe são atribuídos.” O Que faz da Casa das Caldeiras “enquanto lugar de memória, um espaço onde as pessoas podem vivenciar uma série experiências que podem ser educadoras.”
E pensando nas experiências possíveis para um lugar de memória fazer parte da vida e da cultura de uma cidade, a arte, enquanto expressão, ressignificação, leitura dos símbolos e poética, pode revelar processos inspiradores e transformadores da percepção. E foi nisso que por muitos anos a Casa das Caldeiras investiu.
Mini Bio:
Curadoria:
Karina Saccomanno Ferreira
mãe, arquiteta e urbanista
gestora da Casa das Caldeiras desde 1999
presidente da Associação Cultural Casa das Caldeiras desde 2005
Karina partiu do seu interesse pela poesia e pelas artes para observar o mundo a sua volta e foi através da arquitetura que descobriu sua vontade em transformar espaços e através dos espaços, transformar relações.
Na verdade, a Karina se descobriu arquiteta sendo mãe, pois foi pelos afetos, pelo processo contínuo de aprendizagem, pela observação e pelo exercício de presença que percebeu os espaços de convivência e suas lógicas. Como é potente observar as crianças ocuparem os espaços, como é potente criar vínculos para atuar no mundo, em sociedade.
Hoje, a Karina se empolga mesmo com práticas de convivência que transformam um espaço e espaços transformados para acolher pessoas e favorecendo encontros e trocas. Seja através da Casa das Caldeiras e seus eventos, seja através dos projetos de arte e cultura desenvolvidos pela Associação Cultural Casa das Caldeiras, seja pelo projeto Manual da Família que trata do desenvolvimento das habilidades sócio emocionais / sócio relacionais em família e em sociedade.
Com seu trabalho na Casa das Caldeiras desde 1999, a Karina pode experimentar, testar, trocar e seguir aprendendo sobre como espaços e pessoas se comportam. Percebeu o potencial de transformação de um projeto de espaço-vivo, orgânico, com história e memória, ocupado com intenção, acolhendo expressões artísticas e movimentos da cidade, aberto para a diversidade. Muitas vezes basta colocar cuidadosamente os ingredientes certos para a magica do encontro acontecer!
Artista:
Anike Laurita
@anikelaurita
Artista visual e arteeducadora. Atua nas múltiplas linguagens visuais, em um rizoma de possibilidades de comunicação e práticas artísticas, cotidianas e ordinárias, explorando diversos processos de criação de novos sentidos, onde se move o desejo de transmutar e ressignificar os afetos. Acredito em um diálogo criativo com o mundo onde somos agentes alquímicos da realidade e surrealidade que nos cerca. Fazer corpo com a arte e e fazer da arte uma forma de estar no mundo.
Artistas Convidadas:
Mariana Farcetta
@marianafarcetta
Artista visual, arteterapeuta e arte-educadora. Atua na relação arte, saúde e educação desde 2004, tendo trabalho com diferentes públicos, espaços, dentro e fora do Brasil. Recentemente tem direcionado a energia de pesquisa para relação da arte com a saúde da mulher, sendo uma incentivadora e mediadora das possibilidades para expressão da alma.
Priscila Menegasso
@priscilamenegasso
Explorando diversas possibilidades de ser e estar no mundo. Carrega no corpo experiências nas áreas de conservação, restauro e projetos em arquitetura, ilustração, design e artes. Encontrou nesse caminho o entendimento de que as materialidades, as manualidades e conhecimentos ancestrais indicam possibilidades de reintegração com nossos saberes mais profundos, atentando aos corpos como suporte e manifestação dessas experiências.
Juliana Cappi
@thousand.plateaus
Artista, educadora e viajante solo. Foi mediadora e facilitadora em instituições no Brasil e no exterior e atualmente reside em Hanoi. Acredita nos encontros e vê, na partilha de histórias e na convivência com o conhecido e com o estrangeiro, a experiência transformadora. Mantém grupos de estudo, ateliês e rodas de conversa com mulheres locais e estrangeiras, buscando movimentos de fortalecimento e integração.
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