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Diário do Manual #36

Um dicionário amoroso em tempos de cólera

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Oct 10, Saturday

Posted by

Kakaeka

Diário do Manual #36

Como você tem cuidado da sua comunicação atualmente? Que tal exercitar e experimentar outras palavras num compromisso diário para criar pequenas porções de afeto?

O Diário do Manual quer te inspirar hoje para a aventura da comunicação, despertar a vontade de fazer uso de um novo vocabulário. Um dicionário que traduza uma verdadeira disposição para o diálogo: um dicionário amoroso. 

Vivemos tempos em que as discussões e as aflições ganharam um grande espaço em nosso cotidiano, em nossas conversas em família, em nossos grupos de conversa nos aplicativos e nas redes sociais. Uma rede de conectividade que nos afeta, nos une, e, por vezes, nos afasta.

As nossas relações em alguns casos se estreitam pela tecnologia. Estranhos passam a ser familiares, a ter acesso a informações pessoais e se conectam com aspectos da nossa vida privada.

E, por isso mesmo, acabamos dizendo aquilo que talvez, pessoalmente, não seria possível ou saudável compartilhar. Afinal, para se comunicar mais profundamente com o outro, é preciso tempo e vivência, convivência.

Por isso, é importante cuidar desta comunicação, e até, quem sabe, fazer uso de outras formas de expressão, formas mais sensíveis e menos desgastadas.

Refletir sobre os laços afetivos em meio a essa contemporaneidade é algo complexo. A relações sociais vêm sofrendo mudanças. Hora avançamos, hora retrocedemos. E neste movimento de vai-e-vem é preciso ter consciência e cautela para nutrir energias que venham para tranquilizar, equilibrar, transformar, conectar, evoluir. Costumamos dizer por aqui, no nosso pequeno grupo de trabalho: - vamos pra luz!

O momento atual nos traz a necessidade de se pensar uma ideia de futuro, mas arrisca tumultuar demais o presente, nos impedindo de avançar de fato para uma sociedade capaz de conviver com toda a sua pluralidade com equilíbrio e harmonia.

O futuro que se produz agora, inclui o trato cuidadoso que precisamos observar ao nos relacionarmos com as pessoas. É preciso cuidar da comunicação, colocar afeto, escolher as palavras, perceber sentidos em si e no outro.

Estarmos aberto a receber o outro e dialogar, compreender, respeitar. Entendendo que conflitos são passageiros, mas as relações devem ser profundas e cheias de afeto verdadeiro. Vamos construí-las na convivência e cuidados diários.

Para construir um futuro sonhado, um “meio e ambiente” acolhedor para todos, se faz necessário abraçar palavras que não fazem parte de nosso repertório atual, que foram deixadas de lado. 

E em meio a todo estado de transe, as palavras voam com a velocidade da luz. Da mesma forma com que se formam no pensamento pouco reflexivo, se fazem desgastadas pelo mal uso, hiper utilizadas.

Por isso, o Diário do Manual vem com um pequeno dicionário amoroso pra você se inspirar. Recomendamos que seja um dicionário de bolso, que esteja sempre a mão. Vamos lá:

Aprender- É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe” - Epicteto. Passar a compreender (algo) melhor graças a um depuramento da capacidade de apreciação, empatia, percepção etc. Tomar o conhecimento. Aprender é, principalmente, um processo a partir de experiências, uma construção. Pessoas aprendem com experiências.

Desaprender- Às vezes é preciso desaprender para poder aprender. Dizem os pesquisadores que no Português do século XIII surgiu a palavra desaprender como variação de ‘desprender’, ‘soltar’, ‘desatar’. Como ninguém sabe tudo e estamos aprendendo sempre, para aprender é preciso apreciar os diversos saberes e conhecimentos, assim como dialogar com eles. Por vezes é preciso se abrir para desaprender.

Diálogo- Troca de ideias, opiniões etc., que tem por finalidade a solução de problemas comuns; comunicação. Discussão de conceitos e opiniões em direção ao entendimento e à harmonia. Escuta e entendimento mútuo.
“Penso em ficar só, mas minha natureza pede diálogo e afeto” - Lya Luft

Diversidade- Qualidade de ser diverso, diferença, dessemelhança, variação, variedade, característica única, multiplicidade. Diversidade, no sentido moderno de reconhecer e respeitar o que é diverso (em etnia, gênero, identidade sexual e opinião, por exemplo) é um conceito cada vez mais usado para denotar riqueza nas relações humanas.

Resiliência- Capacidade de rápida adaptação ou recuperação. capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Elasticidade.

Humanidade - Sentimento de bondade, benevolência, em relação aos semelhantes, ou de compaixão, piedade, em relação aos desfavorecidos. Faz referência à natureza humana, ao gênero humano ou ao conjunto de todas as pessoas do mundo. A arte e as letras fazem parte das humanidades, assim como a filosofia.

Arte -A arte (do latim ars) é o conceito que engloba todas as criações realizadas pelo ser humano para expressar uma visão/abordagem sensível do mundo, seja este real ou fruto da imaginação. Através de recursos plásticos, linguísticos ou sonoros, a arte permite expressar ideias, emoções, percepções e sensações. A história indica que, com o aparecimento do Homo Sapiens, a arte teve uma função ritual e mágico-religiosa, que foi sofrendo alterações ao longo do tempo. Seja como for, a definição do termo “arte” varia consoante a época e a cultura. Arte como forma de expressão da nossa cultura, como auto conhecimento, como experiência, como conexão, como linguagem, como ferramenta para transcender ou sublimar, para criar e transformar, como testemunho

Solidariedade - Sentimento de amor ou compaixão pelos necessitados ou injustiçados, que impele o indivíduo a prestar-lhes ajuda moral ou material.Ligação recíproca entre duas ou mais coisas ou pessoas, que são dependentes entre si. Responsabilidade recíproca entre os membros de uma comunidade, de uma classe ou de uma instituição. Apoio em favor de uma causa ou de um movimento. Compartilhamento de ideias, de doutrinas ou de sentimentos.Reciprocidade de interesses e obrigações.

Amor-Para o psicólogo Erich Fromm, ao contrário da crença comum de que o amor é algo "fácil de ocorrer" ou espontâneo, ele deve ser aprendido; ao invés de um mero sentimento que acontece, é uma faculdade que deve ser estudada para que possa se desenvolver - pois é uma "arte", tal como a própria vida. Ele diz: "se quisermos aprender como se ama, devemos proceder do mesmo modo por que agiríamos se quiséssemos aprender qualquer outra arte, seja a música, a pintura, a carpintaria, ou a arte da medicina ou da engenharia"

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