Casa das Caldeiras

Casa das Caldeiras um patrimônio cultural que oferece eventos diferenciados.

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e agora pessoas.

Diário do Manual #16

Nossas histórias se conectam

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May 05, Monday

Posted by

Kakaeka

Diário do Manual #16

Juntos somos mais fortes

 

No Diário do Manual desta semana queremos falar sobre os encontros que a equipe do Manual da Família tem realizado em Franco da Rocha, com técnicos dos CRAS do Município e com famílias atendidas, que proporcionam experiências e aprendizados. 
 
Desde o início, percebemos o empenho das equipes dos CRAS de Franco da Rocha e o envolvimento das famílias. Fomos recebidos de braços abertos e todos mostraram muita vontade em participar das Vivências Família-Ação. A cada encontro, fica clara a importância e a força do coletivo! A importância de se construir laços de confiança entre as pessoas, a importância de se abrir ao outro, permitindo a aproximação e ver os afetos se tornarem perceptíveis. As trocas e os vínculos que surgem e se fortalecem desta disponibilidade pessoal, colaboraram com o nascimento de um sentimento de segurança com relação a si mesmo e com relação as pessoas com quem se mantém relações familiares, de amizade, de vizinhança. Queremos inspirar cada indivíduo a se perceber, a valorizar suas qualidades, encontrar suas potências, aquilo que cada um tem de melhor para oferecer.
 
Para o fortalecimento dos vínculos no território, é importante também tecer as histórias de cada um, formando uma história comum, que se conecta e se entrelaça, criando um sentimento de pertencimento naquela comunidade, capaz de promover o compartilhamento de histórias. 
 
O envolvimento e atuação das pessoas em seu território, na sua vizinhança, promove questionamentos necessários, desenha percursos, gera novas experiências e estabelece vínculos que podem perdurar e trazer benefícios para o coletivo como um todo!
 
Para além disso, queremos lembrar que é importante compartilhar não só o que enxergamos como bom. Num momento de trocas, compartilhar com os outros aquilo que nos parece ser uma fragilidade, ou mesmo compartilhar sentimentos de impotência diante dos obstáculos, falar de situações difíceis... pode ser libertador! Exercitamos mais e melhor a nossa generosidade, quando tomamos consciência de nós mesmos e das nossas escolhas.
 
Percebemos nas trocas sensíveis que o outro também encontra dificuldades semelhantes às nossas. Cada um tem sua luta particular e diária. Nas trocas, refletimos e nos damos conta das nossas histórias de superação. Podemos compartilhar experiências e nos ajudar, oferecendo e recebendo acalento, consolo e esperança. A empatia se desenvolve na escuta do outro, no respeito ao outro. 
 
Nem sempre é fácil se expor. Vivemos numa sociedade em que a maioria das relações acabam ficando apenas na superfície.
 
Sim, pode ser preciso ter cautela. Mas acreditamos que existem formas de partilhar e aprofundar as relações, com respeito - momentos assim são valiosos, enriquecedores. E nestas formas de partilhar, conseguimos observar o quanto as histórias se conectam.
 
Escutar o outro, sem julgamentos!
 
As outras histórias podem nos remeter às nossas próprias histórias de vida. Compartilhar nos ajuda a resgatar na memória as lembranças de coisas que vivemos. Estar consciente do percurso percorrido contribui para seguirmos em frente, num projeto para o futuro. 
 
Talvez, você acabe percebendo que na verdade o que você achava ser uma fragilidade, foi exatamente o que te impulsionou e o que te fez seguir em frente, enfrentar as batalhas diárias, ajudar seu filho, seu irmão, sua companheira, um amigo. A fragilidade anda em paralelo com a força. 
 
Trocar, ouvir, perceber, e seguir, retomando o caminho com mais generosidade!
 
Nas Vivências Família-Ação em Franco da Rocha criou-se um laço com as famílias que, confiantes, distribuíram o que tinham de melhor e com isso avançamos juntos. 
 
Nós vamos inspirar você que parou para ler o nosso Diário do Manual desta semana a estabelecer vínculos com as pessoas que o cercam, colocando mais intenção. Experimente expor um pouco de suas dificuldades, contar a sua história, ouvir o que o outro tem a dizer.
 
Nossa sociedade passa por um momento de carência de encontros verdadeiros e cabe a cada um de nós construir, através de pequenos atos, um lugar mais harmonioso e afetivo. 
 
É momento de nos abrirmos um pouco mais e buscar, para além da família, a familiaridade. Agir com franqueza de maneiras e de proceder! Vamos tentar?

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